1 de março de 2011

Irmãos, ou não. - Capítulo VIII

Dessa vez, o capítulo inteiro para vocês! Sei que tenho demorado muito para atualizar o blog, mas eu ainda estou meio enrolada, então peço desculpas e um pouco de paciência até eu conseguir me organizar... Sem mais delongas, aqui vai a história:

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Assim que o relógio bateu meia-noite, Marie levantou-se da cama e colocou a roupa que separara mais cedo ao lado da mochila, contendo os itens mais importantes. O celular no bolso vibrou – era o sinal de Diego. Terminou de rabiscar um bilhete dizendo que precisara chegar mais cedo na escola para estudar ou algo do tipo, pegou a mochila e desceu para prender o bilhete na porta da geladeira antes de descer as escadas silenciosamente e abrir a porta sem fazer barulho, deixando as chaves do lado de fora propositalmente depois de trancá-la com cuidado. Desceu as escadas e dirigiu-se até o portão dos fundos, de onde pôde ver o amigo do outro lado da rua. Piscou duas vezes a pequena lanterna que trazia na mão, chamando a atenção de Diego, que logo correu ao encontro da amiga, ajudando-a a pular o portão não muito alto. Sem fazer barulho algum, correram o mais rápido que puderam de encontro a um discreto carro preto parado na esquina. Assim que entraram, Marie foi logo perguntando:
- Então, a onde vamos?
- Você já vai saber; fica há menos de uma hora daqui. Ah e, antes que eu me esqueça, esse é o Ed e será seu motorista por enquanto.
- Oi. – cumprimentou Ed timidamente.
- Ah... motorista, Diego?
- Não se preocupe – respondeu Diego em voz baixa -, ele é de confiança. Mas qualquer coisa que precisar, é só me avisar por esse Pager ou pelo radinho nele embutido.
O garoto então colocou discretamente o Pager na mochila da amiga, que ainda o olhava receosa. Percebendo o sentimento da amiga, Diego a abraçou forte e prometeu:
- Vai ficar tudo bem, eu garanto. Irei te ver sempre que possível e qualquer coisa eu digo que vou dormir na casa de alguém e passo alguns dias lá. Mas você vai ver que não tem com o que se preocupar no lugar que vai ficar. Além do mais, suas companhias te darão segurança máxima. - Completou, segurando o rosto da amiga e sorrindo para ela antes de beijar-lhe o rosto.
- Companhias?! Diego, o que voc...
- Calma, calma; quando chegarmos você entenderá. Ou acha que eu ia te meter em roubada? - brincou ele.
- Bobinho, eu confio em você! – sorriu a garota, descontraindo um pouco. Afinal, estava com Diego, e se esquecera disso...
A viagem não fora muito longa, e alguns minutos depois, em que Diego conseguiu animar a amiga, chegaram à frente a um prédio muito alto, de aparência comercial. Marie continuava sem entender, mas por algum motivo achou melhor não perguntar. Estava parada admirando o prédio, quando de repente sentiu uma mão arrastá-la rapidamente para o lado, fazendo-a gritar por um milésimo de segundo, antes que outra mão tapasse sua boca; mas quando pararam em frente à uma casinha bem simples mas bonitinha, pôde ver que era Diego e continuou sem entender...
- DIE...! –outra vez teve sua boca tapada, mas dessa vez o amigo a abraçou antes de falar baixinho em seu ouvido.
- Marie, se você continuar berrando eu vou ter que amordaçar você e te carregar no colo até lá, porque senão acorda todo mundo e aí o plano vai por água abaixo, meu anjo! – falou ele sério, mas com um certo sorrisinho nos lábios.
- Desculpa, mas eu... – A garota estacou onde estava no mesmo instante, como se virasse uma estátua. Apenas seus olhos se moviam, de uma esquina da rua para a outra, lentamente... Assustado, o amigo virou-se e tentou acompanhar os olhos de Marie, e teve um grande choque ao perceber que os três garotos que passavam por ali naquele exato instante eram Dante, Caio e Thomas! Mas, peraí... CAIO?! Passados quase cinco segundos de choque, em que os garotos, distraídos, não viram nada do que se passava do outro lado da rua, Diego pegou Marie e escondeu os dois dentro do carro até que a rua estivesse novamente vazia. A menina continuava em estado de choque, então ele pegou-a no colo e correu um pouco até o portão da casinha e abriu o mais silenciosamente que pode, quando as chaves caem no chão, e escorregam até um outro portãozinho, fazendo um barulho mínimo, mas suficiente para acordar um cão que dormia ali. O animal começou a latir muito alto, e apesar da agilidade do garoto, Diego não conseguiu pegar a chave do chão rápido o suficiente para que os outros três garotos que com o barulho vieram à tona saber o que havia acontecido não os vissem tentar abrir a porta.
- MARIE! – gritaram Dante e Caio em uníssono. O primeiro pulou o portão seguido do segundo, e só então a menina recuperou-se do choque e começou a correr para todos os lados, tentando fugir dos garotos que... a pegaram no colo e mesmo enquanto era socado, Caio não a largava de jeito nenhum, correndo em direção só Deus sabia qual. Enquanto Caio corria, Marie podia ver Dante e Diego brigando ao longe, e seus gritos pelos dois eram inúteis, quando talvez nem mais a ouvissem.
- ME LARGA, CAIO! ME LARGA, EU NÃO QUERO IR PRA CASA, EU NÃO QUERO! ME LARGA, POR FAVOR!
- Marie, ficar gritando no meu ouvido não vai me fazer largar você! – Exclamou o garoto em voz baixa, parando e colocando-a no chão. – O que pensa que estava fazendo, pode me dizer?
- EU?! Vocês decidiram me ignorar e eu nem sei se você já não arranjou outra garota, sem contar que eu não agüento ficar sozinha em casa com a mamãe nessas situações e você sabe disso, Caio! Agora, olha que legal da parte de vocês, meu melhor amigo e o único que me ajudou nessa história toda está apanhando do meu irmão! Se é que ele ainda se considera meu irmão, né...
- Marie, Escuta! Depois daquele dia você não sabe o que aconteceu então não tire conclusões precipitadas. Ninguém está certo nessa história não, porque todo mundo fez merda, tanto eu como você, como o Dante. E o seu irmão também está apanhando, caso você não saiba que numa briga com dois garotos daquele porte, os dois vão bater e apanhar. Fugir de casa... você realmente não existe garota! Acha que é assim que se resolve tudo? E onde o Diego estava com a cabeça para te apoiar nisso? Duvido que seu irmão deixe vocês dois se encontrarem de novo, se quer saber. – Caio fez uma pequena pausa, olhando na direção de onde vinham, até que notou o rosto da garota. - Não, Marie, não... Não chore Marie, por favor... Me desculpe, eu não quis ser rude com você, mas fiquei muito preocupado e nervoso com isso tudo, por favor... vem aqui, vem. – Chamou ele, puxando-a para um forte abraço. De todas as coisas que gostava em Caio, essa era a principal: seu abraço. Depois dos de Dante, os abraços de Caio eram os melhores que ela jamais sentira; aqueciam-na como um cobertor quentinho, e ao mesmo tempo faziam suas lágrimas secarem, e podia se sentir confortável como se deitasse em uma cama. De repente a garota foi puxada pelos braços que mais amava no mundo, em todos os sentidos. Mas ao contrário dos abraços de Caio, os de Dante a fizeram chorar ainda mais, por tudo que havia acontecido. Porém, passados menos de dois minutos, ela se deu conta de que havia algo errado, e engolindo o choro se desvencilhou dos braços do irmão.
- Dante, onde está o Diego? – perguntou seca. No mesmo instante, o garoto fechou a cara.


P.S.: Não coube toda a "emoção" que eu prometi num só capítulo, desculpem ):

Um comentário:

  1. Diego morreu???? DD: Dante usou a Rebellion nele o/ -qqq parei ^^
    Tá foda*-* escreve mais logo g-g

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